O Rio Grande do Sul enfrenta uma grave crise após chuvas intensas desde o começo da semana, culminando no rompimento parcial da Barragem 14 de Julho, situada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, junto ao rio das Antas. O incidente ocorreu na tarde de quinta-feira, e de acordo com as primeiras análises, o alto volume do rio pode prevenir um desastre maior.
Durante uma conferência de imprensa, o governador Eduardo Leite anunciou o ocorrido, destacando que as margens do rio estavam quase niveladas, o que pode limitar os impactos da ruptura. A Defesa Civil do estado alertou para o risco de colapso, aconselhando os habitantes de sete cidades a procurarem refúgio seguro.
Enquanto isso, o estado continua monitorando outras cinco barragens elétricas e doze de múltiplos usos, algumas das quais já estão em processo de evacuação. As chuvas devem persistir, exacerbando os riscos de novos incidentes. A situação já é crítica, com 29 mortos e 60 desaparecidos até o momento, além de milhares de desalojados e desabastecimentos significativos de energia elétrica e água.
As previsões indicam mais chuvas até pelo menos o sábado seguinte, sugerindo uma continuação das enchentes. O presidente Lula, após reunir-se com o governador, participou na criação de uma Sala de Situação para coordenar as operações de resgate e mitigação dos danos. A crise também afetou o setor agropecuário, com prejuízos significativos na colheita de grãos e na produção animal, ameaçando a economia local e a disponibilidade de alimentos.