Na segunda-feira, 22 de abril, o Governo do Distrito Federal iniciou a retirada de sete das nove tendas destinadas ao acolhimento de pacientes com sintomas leves de dengue, instaladas desde janeiro. A medida foi uma resposta às críticas do Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF), que destacou problemas significativos nas instalações, como falta de equipamentos emergenciais, insuficiência na higiene, carência de insumos básicos e demoras excessivas no atendimento de casos graves.
Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), as unidades em Sobradinho, Sol Nascente e Santa Maria já foram desativadas. Embora essas tendas tenham inicialmente atendido ao propósito de gerenciar casos leves, há agora um plano em execução para desmontar gradualmente as restantes, seguindo um cronograma estabelecido pelo CRM-DF.
Além das questões relativas às tendas, a SES-DF revisou a política de vacinação contra a dengue, restringindo novamente a faixa etária de vacinação para jovens de 10 a 14 anos.
Esta alteração reverte uma expansão do público-alvo que havia sido feita na última quinta-feira (18), após a constatação de que um lote de 4.000 doses da vacina estava próximo do vencimento.
Em uma nova fase da luta contra a dengue, que teve início em abril, a SES-DF implementou tendas com melhores infraestruturas e maior capacidade de atendimento, incluindo operações 24 horas em bairros como Guará, Gama e Paranoá. Estas iniciativas fazem parte dos esforços para melhorar o acesso aos serviços de saúde e a eficácia no tratamento da doença. Outras tendas já estão em funcionamento em Ceilândia e Planaltina, atendendo das 7h às 19h diariamente, com planos de expansão para outras áreas, incluindo Varjão e Samambaia, até o fim do mês.
Adicionalmente, o CRM-DF recomendou melhorias na atenção primária, capacitação de equipes e expansão de leitos de internação, além de reforços no Sistema de Transporte Sanitário.
Em comunicado, a SES-DF reiterou seu compromisso em proporcionar um atendimento de qualidade e tempestivo, enfatizando a transferência de casos graves para hospitais e unidades especializadas, destacando a importância das tendas iniciais para a expansão do acesso ao tratamento e cuidados com a dengue.