Lula fala sobre ajudar países vizinhos “temos o direito de distribuir”

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Presidente disse ainda que “não é possível imaginar um país rico cercado de países pobres por todos os lados”.

O presidente Lula defendeu nesta quinta-feira (16/3) que o Brasil compartilhe recursos com países da América do Sul.

Para Lula os países da América do Sul só se desenvolverão de forma conjunta e solidária, uma vez que, segundo ele, “não é possível imaginar um país rico cercado de países pobres por todos os lados”.

“O Brasil, como irmão maior dos países da América do Sul, tem que ter a responsabilidade de fazer com que os outros países cresçam junto conosco, para que a gente possa viver em um continente de paz e tranquilidade; e para que a gente nunca mais repita o gesto ignorante de uma guerra entre homens e mulheres e entre nações, como a que ocorreu entre Brasil e Paraguai”, disse o presidente no Paraná, durante cerimônia de posse de Enio Verri na presidência brasileira da hidrelétrica Itaipu Binacional.

Durante o discurso, Lula defendeu o aprimoramento das relações entre os países do continente, em especial no sentido de fortalecer o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

“É preciso aprimorar nossa política de relações externas. O Brasil tem que ter a grandeza de ser humilde e compartilhar tudo aquilo que pode acontecer com o povo brasileiro com o povo dos países vizinhos, porque, somente assim, a gente vai garantir que esse continente continue em paz, que não fale mais em guerra e fale só em desenvolvimento, educação, saúde, direito do povo trabalhador, indígena e quilombola de viver num mundo mais tranquilo e pacífico. Nós temos o direito de crescer e de distribuir esse crescimento com a população”, disse.

O novo presidente da hidrelétrica defendeu, em seu discurso, que para além do valor econômico da energia elétrica, o insumo tem importância também para o desenvolvimento social.

“Prefiro ressaltar que a dimensão social da energia e a universalização do acesso [à energia] é condição habilitante para uma cidadania plena do século 21. É também indispensável para incorporar o mercado de excluídos e o acesso aos bens básicos.

Queremos energia para todos os brasileiros e brasileiras. É um direito básico que o Estado tem obrigação de garantir. Por isso mesmo é considerado um serviço essencial”.

Novo diretor-geral

A nomeação do economista Enio Verri para a direção da hidrelétrica Itaipu Binacional foi publicada no Diário Oficial da União do dia 10. Ele substitui o almirante Anatalicio Risden Junior, que ocupava o cargo desde fevereiro de 2022.

A nomeação de integrantes da Diretoria Executiva valem pelo período de cinco anos. No entanto, reconduções ou substituições podem ser feitas a qualquer momento pelos governos do Brasil ou do Paraguai.

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