A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando dois padres e um diácono militares por envolvimento em um suposto esquema de corrupção dentro da Capelania Militar São Miguel Arcanjo e Santo Expedito. As denúncias apontam desvio de doações, superfaturamento de obras e recebimento de propinas em contratos. Além das fraudes financeiras, uma das acusações mais chocantes é o uso de parte dos recursos desviados para pagamento de serviços de prostituição.
De acordo com a investigação, que teve início após denúncias anônimas, o esquema envolvia o favorecimento de empresas em licitações para obras e reformas nas dependências das capelanias militares. Essas empresas, em troca, pagariam propinas aos religiosos envolvidos no esquema. O superfaturamento das obras também teria servido para desviar mais recursos. Além disso, parte do dinheiro arrecadado, supostamente destinado à manutenção da capelania e a serviços comunitários, foi utilizado para pagar serviços sexuais, segundo as denúncias.
Os acusados, que pertencem à ala religiosa das Forças Armadas, já foram ouvidos pelas autoridades e negaram todas as acusações. Eles afirmam que todas as contratações realizadas pela capelania seguiram os devidos processos legais e que as denúncias são infundadas. Contudo, a investigação segue em sigilo e ainda não foi descartada a participação de outros envolvidos no esquema.
A Capelania Militar São Miguel Arcanjo e Santo Expedito é uma das maiores do Brasil, responsável pelo atendimento espiritual de militares e suas famílias. O escândalo gerou grande repercussão dentro das Forças Armadas e junto à comunidade religiosa. Se as acusações forem confirmadas, o caso pode representar um dos maiores escândalos de corrupção envolvendo a estrutura militar e religiosa no país.
A Polícia Civil continua apurando o caso, que ainda está em fase inicial.