Maduro Intensifica Controle sobre Redes Sociais em Meio a Crise Política

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Após reeleição contestada, o presidente venezuelano ordena bloqueios e propõe regulamentação das plataformas digitais para conter manifestações

Desde sua reeleição cercada por controvérsias, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, tem intensificado uma ofensiva contra as redes sociais, que ele acusa de serem responsáveis por incitar a instabilidade no país. Após protestos que eclodiram nas ruas do país em contestação à sua vitória, o líder chavista passou a ver as plataformas digitais como ferramentas que promovem o caos e ameaçam a permanência do chavismo no poder.

A ofensiva teve como primeiros alvos o TikTok e o Instagram, acusados por Maduro de fomentar a divisão entre os venezuelanos e trazer o fascismo ao país. Seguindo essa linha, ele incentivou seus apoiadores a desinstalarem o WhatsApp, alegando que o aplicativo estava sendo utilizado para ameaçar a soberania da Venezuela.

Na última semana, a escalada de ações incluiu o bloqueio da rede social X (antigo Twitter) por 10 dias, uma medida que Maduro justificou como necessária para conter a influência de opositores que, segundo ele, estariam trabalhando em conjunto com atores internacionais e com interesses imperialistas dos Estados Unidos para incitar manifestações violentas no país.

Além das medidas já implementadas, Maduro e seus aliados no governo têm defendido a necessidade de uma regulamentação nacional das redes sociais. O anúncio oficial foi feito por Jorge Rodríguez, presidente do Parlamento da Venezuela, que declarou a intenção de aprovar um conjunto de leis para regular as plataformas e proteger a população de discursos de ódio, terrorismo, e da disseminação de ideias fascistas.

Essas ações representam uma tentativa do governo venezuelano de limitar o impacto das redes sociais na organização de protestos e na disseminação de informações contrárias ao regime, em meio a uma crise política e social cada vez mais profunda no país.

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