A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a morte cerebral de Sarah Raíssa Pereira de Castro, de apenas 8 anos, após a menina inalar gás de desodorante aerossol em casa, em Ceilândia. Segundo a investigação, a criança teria participado do chamado “desafio do desodorante”, após assistir a um vídeo no TikTok. O caso levanta um alerta para o perigo de conteúdos virais nas redes sociais.
O incidente ocorreu na última semana. Sarah estava aos cuidados do avô quando foi encontrada desacordada no sofá da sala. Ao lado dela, havia um frasco de desodorante aerossol escondido sob uma almofada encharcada com o produto. A mãe levou a criança imediatamente ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde a equipe médica suspeitou da inalação de substância tóxica. No hospital, foi constatada morte cerebral.
A Delegacia de Polícia da 15ª DP, responsável pela investigação, já apreendeu o celular da menina para perícia, que deve ficar pronta em até 30 dias. O delegado-adjunto Walber Lima afirmou que o objetivo da apuração é descobrir como Sarah teve acesso ao vídeo e identificar os responsáveis pela criação e disseminação do conteúdo. Caso seja confirmado que o vídeo foi acessado por meio de rede social, a plataforma será notificada para informar a origem do material.
Além da perícia no celular, o laudo cadavérico deve apontar a causa exata da morte da criança. O enterro de Sarah Raíssa está marcado para a tarde desta segunda-feira (14/4), em meio à comoção da família e da comunidade local.
O delegado Walber Lima alertou sobre a importância de os pais acompanharem de perto o conteúdo consumido pelas crianças na internet. Segundo ele, estar dentro de casa não garante segurança total: “Hoje, com a tecnologia, os perigos podem estar ao alcance de um clique”, ressaltou.