Acordo Histórico: Israel e Hamas Alcançam Cessar-fogo e Libertação de Reféns na Faixa de Gaza

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Pacto visa estabelecer uma trégua e libertar dezenas de reféns, sendo este o primeiro grande entendimento entre as partes envolvidas

Após intensos impasses e trocas de acusações, Israel e o grupo Hamas finalmente chegaram a um acordo crucial na madrugada desta quarta-feira, marcando um marco significativo desde o início do conflito em 7 de outubro. O pacto visa estabelecer uma trégua e libertar dezenas de reféns, sendo este o primeiro grande entendimento entre as partes envolvidas.

Segundo informações do Times of Israel, aproximadamente 50 dos 240 sequestrados pelo grupo durante o ataque de outubro serão libertados como parte do acordo. Em contrapartida, Israel concordou em observar quatro dias de cessar-fogo, representando a primeira trégua desde o início do conflito. Além disso, comprometeu-se a liberar mulheres e menores de idade palestinos.

Na terça-feira, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, enfrentando um governo considerado o mais à direita na história do país, instou os membros de seu governo a votarem a favor do acordo. Após reuniões consecutivas e deliberações com a cúpula de guerra e membros do gabinete, Netanyahu declarou que aprovar o acordo era uma decisão “difícil, mas correta”.

Em comunicado oficial, Netanyahu afirmou que o acordo permitirá a Tel Aviv continuar sua busca pelo objetivo final de combater o Hamas. “Estamos em guerra e continuaremos até atingirmos todos os objetivos: destruir o Hamas, recuperar todos os reféns e assegurar que nenhuma entidade em Gaza possa ameaçar Israel”, declarou o primeiro-ministro.

O resultado do acordo é fruto de semanas de negociações em Doha, no Qatar, que atuou como mediador ao lado dos Estados Unidos entre o grupo terrorista e Israel. Benny Gantz, integrante do gabinete de guerra em Israel, destacou a importância do retorno dos reféns como um imperativo moral e parte crucial da resiliência necessária para vencer a guerra.

Antes desse entendimento, o Hamas já havia liberado quatro reféns, dois americanos em 20 de outubro e duas israelenses em 23 de outubro, também por mediação do Qatar. As negociações para a libertação de reféns têm sido um ponto de tensão para o governo de Netanyahu, enfrentando pressão de manifestantes e familiares dos sequestrados.

Conforme informações da mídia israelense, a primeira libertação de reféns está prevista para esta quinta-feira, marcando um passo significativo na busca por estabilidade na região.

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